12 escritoras brasileiras para você conhecer - Planner literário 2026 na Arte de Maria

 

escritoras brasileiras
Arte criada por @mariarosa.art

  1. Eliane Potiguara  
    Arte criada por @mariarosa.art em homenagem a Eliane Potiguara para www.artedemaria.com

Eliane Potiguara (1950) é escritora, poeta, professora, contadora de histórias, ativista e empreendedora social da etnia Potiguara, considerada a primeira escritora indígena do Brasil. Nascida no Rio de Janeiro, filha de uma família expulsa das terras paraibanas, começou a escrever ainda criança, registrando cartas para manter o vínculo de sua família com as tradições de seu povo. A influência da avó, Maria de Lourdes, foi determinante em sua formação, tornando-se referência de ancestralidade e resistência.

Formada em Letras e licenciada em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com especialização em Educação Ambiental pela UFOP, atuou como professora por quase 20 anos. Em 1988 fundou o GRUMIN – Grupo Mulher-Educação Indígena, a primeira organização voltada para mulheres indígenas no Brasil, sendo reconhecida como uma das “Dez Mulheres do Ano” pelo Conselho das Mulheres do Brasil. Participou da elaboração da Constituição de 1988 e, com apoio de instituições como Ashoka, Betinho/IBASE e UNESCO, desenvolveu projetos pioneiros de educação, alfabetização e comunicação para povos indígenas. Também foi membro fundadora do Enlace Continental de Mujeres Indígenas (ECMIA).

Eliane teve atuação internacional marcante: foi a primeira mulher indígena a apresentar uma petição no Congresso dos Índios Norte-Americanos (1990), participou por seis anos da redação da Declaração Universal dos Direitos Indígenas na ONU (Genebra) e levou denúncias de violência contra indígenas a fóruns mundiais, como a Conferência da ONU na China (1995). Por sua atuação, recebeu reconhecimentos como o título de Cidadania Internacional (1996), o Prêmio do Pen Club da Inglaterra (1992), o título de Embaixadora Universal da Paz (2011), a honraria de Cavaleiro da Ordem do Mérito Cultural do Brasil (2014) e o título de Doutora Honoris Causa pela UFRJ (2021).

Na literatura, sua produção se tornou referência acadêmica e cultural. Entre suas principais obras estão A Terra é a Mãe do Índio (1989), Akajutibiró – Terra do Índio Potiguara (1994), Metade Cara, Metade Máscara (2004), além dos infantis O Coco Que Guardava a Noite (2012), O Pássaro Encantado (2014) e A Cura da Terra (2015). Seu livro mais emblemático, Metade Cara, Metade Máscara, é um marco da literatura indígena contemporânea e tem sido amplamente utilizado em pesquisas acadêmicas, além de adotado em projetos educacionais como “Mulheres Inspiradoras” (2018).

Ao longo de sua trajetória, participou de mais de 150 fóruns nacionais e internacionais, defendendo direitos humanos, igualdade de gênero, justiça social e preservação cultural. Sua voz ecoa como símbolo da resistência indígena feminina, inspirando novas gerações com mensagens de força, espiritualidade e valorização da ancestralidade.

Eliane Potiguara segue como uma das mais importantes referências da literatura e do ativismo indígena no Brasil e no mundo, lembrando-nos da urgência de ouvir, registrar e respeitar as vozes originárias.

Livros:

A Terra é a Mãe do Índio (1989) – GRUMIN / premiado pelo Pen Club da Inglaterra
Akajutibiró – Terra do Índio Potiguara (1994) – GRUMIN, apoiado pela UNESCO
Metade Cara, Metade Máscara (2004; 3ª ed. em 2018) – Global Editora / GRUMIN Edições
O Coco que Guardava a Noite (2012) – Editora Mundo Mirim
O Pássaro Encantado (2014) – Editora Jujuba
A Cura da Terra (2015) – Editora do Brasil

  1. Clarice Lispector 
    Arte criada por @mariarosa.art em homenagem a Clarice Lispector para www.artedemaria.com

Clarice Lispector (1920-1977) é considerada um dos maiores nomes da literatura brasileira do século XX. Sua escrita inovadora, poética e intimista rompeu com os modelos narrativos tradicionais, sendo reconhecida nacional e internacionalmente ao lado de autores como Virginia Woolf, Kafka e Katherine Mansfield.

Nascida em 10 de dezembro de 1920, na aldeia de Tchetchelnik, Ucrânia, Clarice chegou ao Brasil com apenas dois meses, filha de Pinkouss e Mania Lispector, judeus que fugiram das perseguições durante a Guerra Civil Russa. A família fixou-se em Maceió e depois em Recife, onde Clarice passou a infância, revelando cedo gosto pela leitura e pela escrita. Aos 12 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, concluindo os estudos no Colégio Sílvio Leite. Em 1941 ingressou na Faculdade Nacional de Direito, trabalhando como redatora na Agência Nacional e no jornal A Noite.

Seu primeiro romance, Perto do Coração Selvagem (1944), surpreendeu a crítica ao explorar a interioridade da protagonista por meio do monólogo interior e da fusão entre prosa e poesia. O livro recebeu o Prêmio Graça Aranha e inaugurou uma nova tendência na literatura brasileira. Casada com o diplomata Maury Gurgel Valente, Clarice viveu em diversos países, incluindo Itália, Suíça, Inglaterra e Estados Unidos, conciliando a vida de mãe e escritora. Publicou romances como O Lustre (1946), A Cidade Sitiada (1949) e A Maçã no Escuro (1961), além de livros de contos, entre os quais se destacam Laços de Família (1960), vencedor do Prêmio Jabuti, e A Legião Estrangeira (1964).

Após separar-se, retornou ao Brasil em 1959, dedicando-se ao jornalismo em colunas como “Correio Feminino” e “Só para Mulheres”. Escreveu também para o Jornal do Brasil, publicando crônicas marcadas pela reflexão filosófica, pela observação do cotidiano e pela busca de sentido da existência.

Clarice ampliou sua produção para a literatura infantil, com títulos como O Mistério do Coelhinho Pensante (1967), A Mulher que Matou os Peixes (1969) e A Vida Íntima de Laura (1974). Sua obra mais célebre, A Hora da Estrela (1977), retrata a nordestina Macabéa na luta pela sobrevivência na cidade grande e se tornou um dos livros mais estudados da literatura brasileira, adaptado para o cinema em 1985 por Suzana Amaral.

Pertencente à “Geração de 45”, Clarice foi considerada uma escritora intimista e psicológica, mas sua literatura ultrapassou fronteiras existenciais e sociais. Explorou o inconsciente, as angústias humanas e a condição feminina, embora nunca tenha aceitado o rótulo de feminista.

Faleceu no Rio de Janeiro em 9 de dezembro de 1977, vítima de câncer no ovário, um dia antes de completar 57 anos. Sua obra permanece viva, traduzida em diversos idiomas e estudada em universidades de todo o mundo, consolidando Clarice Lispector como uma das vozes mais originais e universais da literatura.

Romances

Perto do Coração Selvagem (1944) – A Noite Editora
O Lustre (1946) – A Noite Editora
A Cidade Sitiada (1949) – A Noite Editora
A Maçã no Escuro (1961) – Editora Francisco Alves
A Paixão Segundo G.H. (1964) – Editora do Autor
Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres (1969) – Editora Sabiá
Água Viva (1973) – Editora Artenova
A Hora da Estrela (1977) – Editora José Olympio
Um Sopro de Vida (1978, póstumo) – Editora Nova Fronteira
Contos e Crônicas

Alguns Contos (1952) – Editora A Noite
Laços de Família (1960) – Editora Francisco Alves
A Legião Estrangeira (1964) – Editora do Autor
Felicidade Clandestina (1971) – Editora Artenova
Imitação da Rosa (1973) – Editora Artenova (parte de coletâneas)
A Via Crucis do Corpo (1974) – Editora Artenova
A Bela e a Fera (1978, póstumo) – Editora Nova Fronteira
Literatura Infantil

O Mistério do Coelhinho Pensante (1967) – Editora José Álvaro / Edições Agir
A Mulher que Matou os Peixes (1969) – Editora José Álvaro / Edições Agir
A Vida Íntima de Laura (1974) – Editora Artenova
Cartas e Registros Póstumos

Cartas Perto do Coração (2001) – Editora Rocco
Todas as Cartas (2020) – Editora Rocco


  1. Maria Firmina dos Reis
    Arte criada por @mariarosa.art em homenagem a Maria Firmina dos Reis para www.artedemaria.com

Maria Firmina dos Reis foi a primeira romancista do Brasil. Nascida em São Luiz do Maranhão em 11 de março de 1822, uma das versões sobre seu nascimento diz que foi filha de uma mulher branca com um homem escravizado, o que fez com que fosse registrada com o sobrenome de outro homem por ser considerada ilegítima. Outra versão diz que era filha de Felipa dos Reis.

Ainda criança, mudou-se para a casa de uma tia com alto poder aquisitivo, o que pode ter favorecido a sua instrução e o interesse pela literatura. Tornou-se professora aos 22 anos e criou uma escola gratuita mista, que durou apenas três anos, pelo alvoroço que causou à época, já que escolas mistas não eram permitidas socialmente.

Para lutar contra a realidade da escravidão, começou a escrever textos, crônicas, poesia e ficção. Ursula foi seu primeiro romance, lançado em 1859, sendo também a primeira obra antiescravagista desse gênero literário e escrita por uma mulher no Brasil. 

Morreu aos 95 anos, em 1917, pobre e cega, lutando pela causa até o fim. Sua trajetória foi apagada após sua morte e redescoberta somente na década de 1960, pelo bibliófilo Horácio de Almeida, que encontrou um exemplar de Ursula e pesquisou sua autoria. 

Com o seu romance reeditado e publicado, Maria Firmina passou a ser estudada em artigos e teses nas universidades e ainda timidamente na educação básica.

Úrsula – Penguin-Companhia das Letras – 2018

GupevaCarambaia  – 2022

Cantos à Beira-Mar – Uema – 2024

A escrava – Galuba – 2021


  1. Conceição Evaristo
    Arte criada por @mariarosa.art em homenagem a Conceição Evaristo para www.artedemaria.com

Maria da Conceição Evaristo de Brito nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 29 de novembro de 1946, e cresceu em uma família numerosa, sendo a segunda de nove irmãos, na favela do Pindura Saia. Desde cedo, sua vida foi marcada por desafios econômicos e sociais, mas também por um profundo contato com a oralidade e a literatura caseira, cultivada por sua mãe, tias e vizinhos. Ainda menina, começou a trabalhar em serviços domésticos e na assistência a crianças, aprendendo desde cedo a lidar com responsabilidades e a valorizar o aprendizado como ferramenta de emancipação.

Graduada em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Conceição Evaristo é mestre em Literatura Brasileira pela PUC-Rio (1996) e doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense (2011). Lecionou por muitos anos na rede pública e em instituições de ensino superior, conciliando a vida acadêmica com a criação literária e familiar.

Ativa nos movimentos de valorização da cultura negra, estreou na literatura em 1990 publicando contos e poemas na série Cadernos Negros, influenciada pelo coletivo Quilombhoje. Desde então, sua obra se expandiu, abrangendo poesia, ficção e ensaio, sendo estudada em universidades no Brasil e no exterior, incluindo traduções para inglês e francês.

Entre suas principais obras estão os romances Ponciá Vicêncio (2003) e Becos da Memória (2006), em que retrata, com sensibilidade e realismo poético, a vida de mulheres negras em contextos marcados pela pobreza e discriminação. Seus livros de contos, como Insubmissas Lágrimas de Mulheres (2011) e Olhos D’água (2014), reforçam a centralidade da experiência feminina e afro-brasileira. Na poesia, destaca-se o volume Poemas de Recordação e Outros Movimentos (2008), que combina lirismo e denúncia social.

Reconhecida nacional e internacionalmente, Conceição Evaristo recebeu diversos prêmios, entre eles o Prêmio Jabuti (finalista em 2014, vencedor em 2015), o Prêmio de Literatura do Governo de Minas Gerais (2018) e o Prêmio Intelectual do Ano da UBE (2023). Em 2024, integrou a Academia Mineira de Letras, ocupando a cadeira n.º 40. Sua obra evidencia a força da memória, da resistência e da escrita como instrumento de preservação da cultura afro-brasileira, tornando-a referência imprescindível na literatura contemporânea.


Ponciá Vicêncio (romance, 2003) – Editora Mazza
Becos da Memória (romance, 2006; reedição 2013) – Editora Pallas / Editora Mulheres

Insubmissas Lágrimas de Mulheres (contos, 2011) – Editora Pallas

Olhos D’água (contos, 2014) – Editora Pallas

Histórias de Leves Enganos e Parecenças (ficção, 2016) – Editora Pallas
Canção para ninar menino grande (2018) - Editora Pallas

Um piano para Yá Dulcina - Sesc Pompéia 2020

Macabea, Flor de Mulungu (contos, 2023) – Editora Pallas

Azizi, o menino viajante  Kidsbook Itaú, 2017



  1. Ana Maria Gonçalves 
    Arte criada por @mariarosa.art em homenagem a Ana Maria Gonçalves para www.artedemaria.com

Ana Maria Gonçalves nasceu em 1970, em Ibiá, Minas Gerais. Formada em Publicidade, viveu por 13 anos em São Paulo até abandonar a profissão e se mudar para a Ilha de Itaparica, na Bahia, onde descobriu sua vocação literária. Em 2002, estreou com Ao lado e à margem do que sentes por mim, romance lançado de forma independente, elogiado por Millôr Fernandes como “livro terno, íntimo e vivido em Itaparica”.

Sua consagração veio em 2006 com Um Defeito de Cor (Record), obra monumental de 952 páginas que recria a trajetória de Kehinde, menina africana escravizada que retorna à terra natal já adulta, livre, mas separada do filho. Inspirado nas figuras de Luísa Mahin e Luiz Gama, o livro venceu o Prêmio Casa de las Américas em 2007, foi eleito pela Folha de S.Paulo como melhor romance brasileiro do século XXI e, em 2024, inspirou o samba-enredo da Portela no carnaval carioca, fazendo-o alcançar o topo dos mais vendidos e sucessivas reedições.

Ana viveu por oito anos em New Orleans, nos Estados Unidos, sendo escritora residente em universidades como Tulane, Stanford e Middlebury, além de ministrar oficinas e palestras. De volta ao Brasil em 2014, fixou-se em Salvador, mantendo atuação destacada nos debates sobre racismo, desigualdade e representatividade. Escreveu artigos sobre a polêmica em torno de Monteiro Lobato e denunciou o embranquecimento da imagem de Machado de Assis em um comercial da Caixa Econômica Federal. Em 2013, foi condecorada com a Ordem de Rio Branco por sua militância antirracista.

Sua produção também alcança o teatro, com as peças Diversos (2015), Tchau, querida (2016) e Chão de Pequenos (2017, em parceria com a Companhia Negra de Teatro). Atuou ainda como colunista de The Intercept Brasil e curadora de projetos culturais, como a exposição Um Defeito de Cor, apresentada em museus no Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Em 10 de julho de 2025, Ana Maria Gonçalves foi eleita para a cadeira nº 33 da Academia Brasileira de Letras, tornando-se a primeira mulher negra a integrar a instituição em 128 anos. Aos 55 anos, é também a mais jovem entre os imortais. Sua eleição, amplamente celebrada, simboliza um marco de representatividade e diversidade no cenário literário brasileiro.

Obras Publicadas

  • 2002 – Ao lado e à margem do que sentes por mim – Editora IEME (publicação independente)

  • 2006 – Um Defeito de Cor – Editora Record (Prêmio Casa de las Américas 2007; eleito melhor romance brasileiro do século XXI pela Folha de S.Paulo)


  1. Cida Bento
    Arte criada por @mariarosa.art em homenagem a Cida Bento para www.artedemaria.com

Maria Aparecida da Silva Bento (São Paulo, 1952), conhecida como Cida Bento, é psicóloga, ativista e uma das intelectuais mais influentes do movimento negro no Brasil. Nascida na zona norte de São Paulo, doutorou-se em Psicologia pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) em 2002, com a tese Pactos narcísicos no racismo: branquitude e poder nas organizações empresariais e no poder público, considerada um marco nos estudos sobre relações raciais no país. Sua trajetória a consolidou como referência fundamental na análise da branquitude e do racismo institucional no Brasil.

Cida iniciou sua carreira como psicóloga ocupacional no setor privado e, a partir dessa experiência, fundou em 1990, ao lado de Ivair Augusto Alves dos Santos e Hédio Silva Júnior, o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), instituição pioneira no combate às discriminações raciais e de gênero no mercado de trabalho, na educação e em órgãos públicos.

Sua atuação como ativista a levou a integrar a delegação brasileira na 3ª Conferência Mundial contra o Racismo, em Durban (2001), evento histórico que fortaleceu o compromisso internacional do Brasil com políticas de igualdade racial. Ao longo de sua carreira, coordenou projetos de grande impacto, como o Prêmio Educar para a Igualdade Racial e de Gênero, criado em 2002, que valoriza práticas pedagógicas voltadas para a diversidade nas escolas.

Na produção acadêmica, Cida Bento alia pesquisa e intervenção prática. Entre suas obras estão Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil (2002), organizado com Iray Carone, Cidadania em preto e branco: discutindo as relações raciais (2002) e Identidade, branquitude e negritude: contribuições para a psicologia social no Brasil (2014).

Reconhecida internacionalmente, foi professora visitante na Universidade do Texas (EUA) e, em 2015, eleita pela revista britânica The Economist como uma das cinquenta pessoas mais influentes do mundo no campo da diversidade. Além do CEERT, integra conselhos de importantes instituições, como o Instituto Ethos, a ONU Mulheres e o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA).

Sua trajetória combina engajamento político, pesquisa acadêmica e intervenção social, tornando-a uma das vozes mais relevantes na luta pela igualdade racial e de gênero no Brasil e no mundo.

2000 – Ação afirmativa e diversidade no trabalho – desafios e perspectivas – Casa do Psicólogo
2001 – Inclusão no trabalho: desafios e perspectivas (org. com M. Castelar) – Casa do Psicólogo
2002 – Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil (org. com Iray Carone) – Vozes

2002 – Cidadania em preto e branco: discutindo as relações raciais – Ática
2022 – Pacto da branquitude – Companhia das Letras

  1. Lélia Gonzalez 
    Arte criada por @mariarosa.art em homenagem a Lélia Gonzalez para www.artedemaria.com

Lélia Gonzalez, filha de pai negro e mãe indígena, foi uma intelectual, autora, política, professora, filósofa e antropóloga. Nasceu em Belo Horizonte, no dia 1 de fevereiro de 1935 e morreu em 10 de julho de 1994, no Rio de Janeiro. 


Lélia começou a buscar entender melhor sobre suas origens e sobre como o racismo operava em sua vida quando seu primeiro marido (branco) cometeu suicídio, em consequência da forma racista que a família dele   lidava com seu casamento. Segundo a autora, tornou-se negra aos 40 anos.


Foi pioneira em estudos sobre cultura negra no Brasil, sendo cofundadora do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras do Rio de Janeiro (IPCN-RJ), do Movimento Negro Unificado e do Olodum. 


Lélia criou os termos “amefricanidade”, “pretuguês” entre outros, para explicar a situação da mulher negra brasileira que se encontra em diáspora. Autora das obras Lugar de Negro e Festas populares no Brasil, que infelizmente não foram reimpressos e não estão disponíveis no mercado.


O pensamento de Lélia passa pelo marxismo, psicanálise, feminismo e pan-africanismo. Lembrando que o marxismo é abordado com um olhar mais crítico, englobando questões raciais. 


Em 1979 iniciou uma conexão internacional com lideranças negras de diversos países e publicou o artigo “Mulher negra – um retrato”.


Em 1981 filiou-se ao PT – partido dos trabalhadores –, tornando-se integrante do diretório nacional. Sobre Lélia Gonzalez, Angela Davis diz:  “Eu me sinto estranha quando sinto que estou sendo escolhida para representar o feminismo negro. E por que aqui no Brasil vocês precisam buscar essa referência nos Estados Unidos? Eu acho que aprendo mais com Lélia Gonzalez do que vocês poderiam aprender comigo”

  1. Jarid Arraes 
    Arte criada por @mariarosa.art em homenagem a Jarid Arraes para www.artedemaria.com

Jarid Arraes (Juazeiro do Norte, CE, 1991) é escritora, cordelista e poeta, com obras traduzidas para o francês, inglês, espanhol e italiano. Neta e filha de cordelistas e xilogravadores, cresceu cercada pela cultura popular nordestina, entre folhetos de cordel e a convivência no Centro de Cultura Popular Mestre Noza. Desde cedo, porém, percebeu a ausência de escritoras — sobretudo negras — no repertório escolar, o que a levou a investigar e dar voz às mulheres silenciadas na literatura e na história.

Sua trajetória como autora começou em blogs como Mulher Dialética e Blogueiras Negras, além de colaborações na Revista Fórum, onde manteve até 2016 a coluna Questão de Gênero, dedicada a temas como feminismo, racismo e direitos humanos. No Cariri, participou do coletivo Pretas Simoa e fundou o FEMICA (Feministas do Cariri). Em 2014 mudou-se para São Paulo, onde atuou na ONG Casa de Lua e criou o Clube da Escrita para Mulheres, iniciativa que se tornou coletivo em 2017.

Em 2015, lançou de forma independente As Lendas de Dandara, reeditado no ano seguinte pela Editora de Cultura e publicado em 2018 na França pela Anacaona. A obra, que mistura fatos históricos e elementos míticos da luta quilombola, marcou o início de sua projeção nacional. No mesmo ano lançou cordéis infantis como A menina que não queria ser princesa e A bailarina gorda. Em 2017 publicou Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis (Pólen Livros), que resgata trajetórias de mulheres negras apagadas da história oficial; a obra foi adaptada em espetáculo musical por Thalma de Freitas.

No ano seguinte estreou na poesia com Um buraco com meu nome (selo Ferina/Pólen), lançado durante a Flip. Em 2019, publicou pela Alfaguara o premiado livro de contos Redemoinho em dia quente, vencedor dos prêmios Biblioteca Nacional e APCA, finalista do Jabuti e presença nas listas de mais vendidos da Festa Literária Internacional de Paraty. Sua escrita, marcada por lirismo, oralidade e ancestralidade, aborda temas como racismo, violência, religiosidade, sexualidade e sobrevivência de mulheres do Cariri.

Mais recentemente, em 2022, publicou o romance Corpo desfeito (Alfaguara), narrativa centrada em uma menina que enfrenta a dureza da vida sob opressão familiar, mas encontra espaço para afeto e descoberta. Atualmente vivendo em São Paulo, Jarid também atua como mentora de escrita, criou o Hub Górgona — dedicado a pensar o trauma na literatura — e ministra cursos como Escrevendo o Trauma.

Com mais de setenta cordéis publicados, Jarid Arraes se consolidou como uma das vozes mais potentes da literatura brasileira contemporânea, reafirmando a importância da tradição nordestina e do protagonismo feminino e negro na cena literária.

As Lendas de Dandara – 2016 – Editora de Cultura (reedição)

Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis – 2017 – Pólen Livros

Um buraco com meu nome – 2018 – Ferina (selo da Pólen Editora)
Um buraco com meu nome 2 ed.. 2021 -  Alfaguara

Redemoinho em dia quente – 2019 – Alfaguara (Companhia das Letras)

Corpo desfeito – 2022 – Alfaguara (Companhia das Letras)

Cordéis para crianças incríveis. Companhia das Letrinhas, 2024

  1. Sueli Carneiro 
    Arte criada por @mariarosa.art em homenagem a Sueli Carneiro para www.artedemaria.com

Aparecida Sueli Carneiro nasceu em São Paulo em 24 de junho de 1950. Cresceu como a mais velha de sete irmãos, desenvolvendo desde cedo um forte vínculo familiar e uma paixão pela leitura. Na adolescência, isolava-se para ler e escrever, iniciando uma relação íntima com a palavra que a acompanharia por toda a vida. Seu primeiro contato literário foi com o romance Capitães da Areia, de Jorge Amado, presente de um amigo querido, Paulo Silas.
Em 1972, ingressou na Secretaria da Fazenda de São Paulo e iniciou o curso de Filosofia na USP, retornando décadas depois à universidade para concluir o doutorado com a tese A construção do outro como não ser como fundamento do ser, publicada em 2022 pela Zahar como Dispositivo de racialidade. Sueli, entretanto, enfatiza que sua formação se deve ao movimento negro, mais do que à academia.
Em 1973, casou-se com Maurice Jacoel, com quem teve a filha Luanda. Durante sua trajetória, buscou reconectar-se à ancestralidade africana, estudando e sendo iniciada no candomblé em 1987, tornando-se filha de Ogum e ekedi de Iansã. Pouco depois, assumiu a coordenação do Programa Mulher Negra no Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, destacando-se na organização do Tribunal Winnie Mandela em 1988.
No mesmo ano, Sueli co-fundou o Geledés – Instituto da Mulher Negra, primeira organização voltada a denunciar as discriminações específicas sofridas por mulheres negras no Brasil. Ali desenvolveu programas como SOS Racismo, Projeto Rappers, Geração XXI e o Portal Geledés, atuando atualmente na coordenação do Centro de Documentação e Memória da instituição.
Sua trajetória tem sido amplamente reconhecida em premiações como “Mulheres que fazem a diferença na vida do brasileiro”, da Revista Claudia (1997), o Prêmio IDEC Construção da Cidadania na categoria Movimento Negro (2002), o diploma “Bertha Lutz — Mulher Cidadã” (2003), o Prêmio Itaú Cultural 30 Anos (2017) e o Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos (2020). Foi também homenageada pela Congregação da Faculdade de Educação da USP pelos seus 70 anos e tornou-se a primeira mulher negra a receber o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade de Brasília (UnB) em 2022. No mesmo ano, recebeu o Troféu Esperança Garcia, concedido pela Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), e a homenagem como Personalidade Literária do Prêmio Jabuti, consolidando seu lugar como referência indispensável na luta antirracista e feminista no Brasil.
Sueli Carneiro também é autora de livros e capítulos que abordam gênero, raça e direitos humanos, sendo referência no feminismo negro brasileiro. Sua vida e obra refletem a combinação de ativismo, pesquisa, ancestralidade e escrita como ferramentas de transformação social, consolidando seu legado como filósofa, escritora e militante.
O Mito da Beleza Negra – Ed. Paz e Terra, 1989
Racismo, Sexismo e Desigualdade no Brasil – Ed. Paz e Terra, 1995
O Negro no Brasil: Ensaios – Ed. Selo Negro, 2002
Dispositivo de Racialidade: A construção do outro como não ser como fundamento do ser – Editora Zahar, 2022
  1. Neusa Santos Souza 
    Arte criada por @mariarosa.art em homenagem a Neusa Santos Souza para www.artedemaria.com

Neusa Santos Souza (Cachoeira, Bahia, 30 de março de 1951 – Rio de Janeiro, 20 de dezembro de 2008) foi psiquiatra, psicanalista e escritora, destacando-se como uma referência na interseção entre psicanálise, identidade negra e luta antirracista. Cresceu em uma família simples marcada pelo Candomblé e pela cultura afro-brasileira. Formou-se em Medicina pela Universidade Federal da Bahia em 1970, especializando-se em psiquiatria, e mais tarde transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde consolidou sua trajetória intelectual e clínica. Atuou em instituições como o Instituto Brasileiro de Psicanálise, Grupos e Instituições (IBRAPSI), o Núcleo de Atendimento Terapêutico (NAT) e o Centro Psiquiátrico Pedro II, contribuindo significativamente para a reforma psiquiátrica brasileira.

Em 1981 defendeu sua dissertação de mestrado, que deu origem ao livro Tornar-se negro: ou as vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social, obra republicada em 2021 pela Editora Zahar. Neste trabalho, Neusa articulou psicanálise e racismo, mostrando como a branquitude se impõe como parâmetro social e como a ascensão econômica não protege pessoas negras da discriminação. Apesar do impacto de sua obra, ela demonstrava certo distanciamento, afirmando em 2008 que não a republicaria. Dedicou-se também ao estudo da psicose, com destaque para o livro A psicose: um estudo lacaniano (1991) e artigos sobre clínica psicanalítica. Organizou a coletânea O objeto da angústia (2005) e contribuiu para A ciência e a verdade: um comentário, aprofundando o diálogo entre Lacan, filosofia e clínica.

No Hospital Casa Verde, coordenou seminários clínicos e acompanhou pacientes graves, implementando projetos inovadores como a “Oficina de Vozes”. Sua atuação uniu rigor teórico, prática clínica e compromisso social, transmitindo conhecimento e formando profissionais por mais de uma década. Sua trajetória também se vincula ao movimento negro, especialmente pelo Instituto de Pesquisa das Culturas Negras (IPCN), e à militância antirracista.

Neusa Santos Souza tirou sua vida em 20 de dezembro de 2008, aos 57 anos. Seu legado permanece influente, inspirando estudos sobre psicanálise, racismo, gênero e subjetividade. Em sua memória, o Coletivo de Estudantes Neusa Souza foi criado na UERJ, seu nome batiza o CAPS II Neusa Santos Souza, e integra a coleção Sankofa. Sua obra é lembrada por revelar como racismo e branquitude estruturam a vida emocional no Brasil, abrindo caminhos para uma psicologia comprometida com a experiência da população negra e o enfrentamento das desigualdades sociais.

1983Tornar-se negro: ou as vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. Rio de Janeiro: Graal.
1991A psicose: um estudo lacaniano. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
2005O objeto da angústia (org. com Maria Silvia Hanna). Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
2008A ciência e a verdade: um comentário (coautoria). Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
2021Tornar-se negro (nova edição revista). Rio de Janeiro: Zahar.


  1. Eliana Alves Cruz 
    Arte criada por @mariarosa.art em homenagem a Eliana Alves Cruz para www.artedemaria.com

Eliana Alves Cruz (Rio de Janeiro, 1966) é jornalista, escritora e uma das vozes mais potentes da literatura afro-brasileira contemporânea. Formada em Jornalismo, construiu sólida carreira na área esportiva, atuando como chefe do Departamento de Imprensa da Confederação Brasileira de Esportes Aquáticos e como vice-presidente do Comitê de Mídia da Federação Internacional de Natação (FINA). Essa atuação a levou a cobrir dezenas de países, três Olimpíadas e mais de vinte Campeonatos Mundiais. Criou ainda o site Black Sport Club, dedicado à valorização da presença negra no esporte.

Aos 47 anos, inicia sua trajetória literária com o romance Água de barrela (2016, Malê Editora), fruto de cinco anos de pesquisa sobre sua ancestralidade, obra vencedora do Prêmio Oliveira Silveira (Fundação Palmares). O livro recria três séculos da história de uma família negra no Brasil, destacando a memória da escravidão. Desde então, a autora consolidou-se na ficção histórica e social, sempre atenta à reconstrução da memória afro-brasileira.

Seu segundo romance, O crime do cais do Valongo (2018), combina investigação policial e narrativa histórica a partir dos achados arqueológicos do cais por onde passaram milhares de africanos escravizados no século XIX. Em seguida, publica Nada digo de ti, que em ti não veja (2020, Pallas Editora), ambientado no ciclo do ouro em Minas Gerais, que traz à tona o poder da Igreja, os tribunais da Inquisição e práticas de difamação que a autora aproxima das fake news contemporâneas.

Em Solitária (2022, Companhia das Letras), Eliana desloca o olhar para a atualidade, refletindo sobre a herança escravocrata na exploração do trabalho doméstico feminino negro e em violências institucionais, criando uma ponte entre passado e presente. Além dos romances, publicou contos em antologias como Cadernos Negros e venceu o Prêmio Jabuti 2022 (categoria Conto) com a coletânea A Vestida (Malê).

Sua literatura é marcada pela pesquisa histórica e pela denúncia das estruturas de racismo que atravessam a sociedade brasileira, ao mesmo tempo em que valoriza o afeto e a resistência como forças de sobrevivência. Para a autora, escrever é observar, perguntar e devolver ao leitor memórias apagadas, deslocando o olhar sobre o Brasil.

Além da ficção, Eliana mantém o blog Flor da Cor, voltado à valorização de mulheres negras, e atuou como colunista do The Intercept Brasil. Atualmente, também apresenta o programa Trilha de Letras (TV Brasil), no qual entrevista grandes nomes da literatura. Sua produção literária e jornalística reafirma o compromisso com a memória, a identidade negra e o protagonismo das vozes silenciadas na história do país.

2016Água de barrela. Rio de Janeiro: Malê Editora.
2018O crime do cais do Valongo. Rio de Janeiro: Malê Editora.
2020Nada digo de ti, que em ti não veja. Rio de Janeiro: Pallas Editora.
2022A Vestida. Rio de Janeiro: Malê Editora. (coletânea de contos, vencedora do Prêmio Jabuti)
2022Solitária. São Paulo: Companhia das Letras.


  1. Cora Coralina
    Arte criada por @mariarosa.art em homenagem a Cora Coralina para www.artedemaria.com

Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto (1889–1985), foi uma das vozes femininas mais importantes da literatura brasileira. Nascida na cidade de Goiás, filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador nomeado por Dom Pedro II, e de Jacinta Luísa do Couto Brandão, cresceu às margens do Rio Vermelho em uma casa da família construída no século XVIII. Teve escolaridade limitada, cursando apenas até a terceira série, mas desenvolveu cedo sua sensibilidade literária, escrevendo poemas e contos desde os 14 anos. Seu primeiro conto, Tragédia na Roça, foi publicado em 1910 no Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás.

Em 1911, casou-se com o advogado Cantídio Tolentino Bretas e mudou-se para São Paulo, permanecendo afastada de Goiás por 45 anos. Durante esse período, conciliou a criação de seis filhos com o trabalho como doceira, profissão que considerava tão criativa quanto a escrita. Somente após a morte do marido retornou à sua terra natal, decidida a publicar seus poemas.

Aos 75 anos, realizou seu sonho com a publicação de O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais (1965), obra que traduz a vida do interior goiano, o cotidiano simples e a memória afetiva da autora. Seus versos celebram a beleza do trivial, a resistência feminina e a vida do povo comum, destacando-se por linguagem acessível, sensível e ligada à oralidade local. Em 1976, lançou Meu Livro de Cordel, e obras como Vintém de Cobre: Meias Confissões de Aninha consolidaram seu prestígio. Recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Goiás em 1982 e, no ano seguinte, foi premiada como Intelectual do Ano pelo Troféu Juca Pato.

Cora Coralina também foi reconhecida por sua atuação como mulher trabalhadora e doceira, símbolo de criatividade e resiliência. Sua poesia, escrita entre panelas e fogões, reflete o cotidiano rural, a memória cultural e a força feminina. Após sua morte, em 10 de abril de 1985, a Associação Casa de Cora Coralina preservou sua memória e transformou sua residência em museu. Hoje, sua obra continua inspirando gerações e reafirmando sua importância como referência da literatura brasileira e da valorização da cultura goiana.

Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais – Poesia, 1965  Editora José Olympio

Meu Livro de Cordel – Poesia, 1976  Grupo Editorial Global

Vintém de Cobre: Meias Confissões de Aninha – Poesia, 1983  UFG Editora

Estórias da Casa Velha da Ponte – Contos, 1985 Global Editora

Os Meninos Verdes – Infantil, 1980 Global Editora

Tesouro da Casa Velha – Poesia, 1996 (obra póstuma)  Global Editora

A Moeda de Ouro Que um Pato Engoliu – Infantil, 1999 (obra póstuma)  Global Editora

Vila Boa de Goiás – Poesia, 2001 (obra póstuma)  Global Editora

O Pato Azul-Pombinho – Infantil, 2001 (obra póstuma) Global Editora


Planner Autoras Brasileiras:

Referências:

ELIANE POTIGUARA. Site oficial. Disponível em: https://www.elianepotiguara.org.br/. Acesso em: 22 ago. 2025.

ELIANE POTIGUARA. Celebrando a literatura feminina: Eliane Potiguara, guardiã das tradições indígenas. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, 2025. Disponível em: https://www.ufrb.edu.br/bibliotecacecult/noticias/388-celebrando-a-literatura-feminina-eliane-potiguara-guardia-das-tradicoes-indigenas. Acesso em: 22 ago. 2025.

ELIANE POTIGUARA. Histórico. Disponível em: https://www.elianepotiguara.org.br/images/historico.pdf. Acesso em: 22 ago. 2025.

E- BIOGRAFIA. Clarice Lispector. Disponível em: https://www.ebiografia.com/clarice_lispector/. Acesso em: 22 ago. 2025.

CLARICE LISPECTOR. Site oficial. Disponível em: https://site.claricelispector.ims.com.br/. Acesso em: 22 ago. 2025.

LETRAS UFMG. Ana Maria Gonçalves. Disponível em: http://www.letras.ufmg.br/literafro/autoras/443-ana-maria-goncalves. Acesso em: 22 ago. 2025.

WIKIPÉDIA. Ana Maria Gonçalves. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ana_Maria_Gon%C3%A7alves. Acesso em: 22 ago. 2025.

ANCESTRALIDADES. Cida Bento: biografia e trajetórias. Disponível em: https://www.ancestralidades.org.br/biografias-e-trajetorias/cida-bento. Acesso em: 22 ago. 2025.

COMPANHIA DAS LETRAS. Cida Bento. Disponível em: https://www.companhiadasletras.com.br/colaborador/11433/cida-bento?srsltid=AfmBOor3--ghkar--_KCccbwZLtFSUmA5-9G_v4xtGxAVML0pCWWuhvS. Acesso em: 22 ago. 2025.

LETRAS UFMG. Conceição Evaristo. Disponível em: http://www.letras.ufmg.br/literafro/autoras/188-conceicao-evaristo. Acesso em: 22 ago. 2025.

TODAMATERIA. Conceição Evaristo. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/conceicao-evaristo/. Acesso em: 22 ago. 2025.

ITAÚ CULTURAL. AZIZI, o menino viajante. Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obras/120092-azizi-o-menino-viajante. Acesso em: 22 ago. 2025.

BIBLIOTECA FFLCH USP. Jarid Arraes. Disponível em: https://biblioteca.fflch.usp.br/jaridarraes. Acesso em: 22 ago. 2025.

JARID ARRAES. Biografia. Disponível em: https://jaridarraes.com/biografia/. Acesso em: 22 ago. 2025.

CASA SUELI CARNEIRO. Biografia de Sueli Carneiro. Disponível em: https://acervo.casasuelicarneiro.org.br/biografia. Acesso em: 22 ago. 2025.

E- BIOGRAFIA. Cora Coralina. Disponível em: https://www.ebiografia.com/cora_coralina/. Acesso em: 22 ago. 2025.

BBC. Cora Coralina: a doce resistência da poetisa goiana. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cq677vne3mvo. Acesso em: 22 ago. 2025.

GRUPO EDITORIAL GLOBAL. Neusa Santos Souza: biografia. Disponível em: https://grupoeditorialglobal.com.br/autores/lista-de-autores/biografia/?id=2077. Acesso em: 22 ago. 2025.

UNICAMP. Neusa Santos Souza. Disponível em: https://www.blogs.unicamp.br/mulheresnafilosofia/filosofas/neusa-santos-souza/. Acesso em: 22 ago. 2025.

GELEDÉS. Racismo: por que se matou psicanalista negra que fazia sucesso no Rio?. Disponível em: https://www.geledes.org.br/racismo-por-que-se-matou-psicanalista-negra-que-fazia-sucesso-no-rio/. Acesso em: 22 ago. 2025.

SBMFC. Neusa Santos Souza. Disponível em: https://www.sbmfc.org.br/neusa-santos-souza/. Acesso em: 22 ago. 2025.

ANCESTRALIDADES. Neusa Santos Souza: biografias e trajetórias. Disponível em: https://www.ancestralidades.org.br/biografias-e-trajetorias/neusa-santos-souza. Acesso em: 22 ago. 2025.

LETRAS UFMG. Eliana Alves Cruz. Disponível em: http://www.letras.ufmg.br/literafro/autoras/1159-eliana-alves-cruz. Acesso em: 22 ago. 2025.

MAPA DAS LETRAS. 5 curiosidades sobre Eliana Alves Cruz, autora do livro Solitária. Disponível em: https://mapadasletras.com.br/2025/05/07/5-curiosidades-sobre-eliana-alves-cruz-autora-do-livro-solitaria/. Acesso em: 22 ago. 2025.

DIPLOMATIQUE BRASIL. Eliana Alves Cruz: “A minha literatura se baseia em perguntas”. Disponível em: https://diplomatique.org.br/eliana-alves-cruz-a-minha-literatura-se-baseia-em-perguntas/. Acesso em: 22 ago. 2025.

GOMES, Flávio dos Santos; LAURIANO, Jaime; SCHWARCZ, Lilia Moritz. Enciclopédia Negra: Biografias Afro-Brasileiras. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.


Comentários

Postagens mais visitadas